De acordo com Oswaldo de Siqueira Bueno, coordenador da revisão da NBR 7256, a revisão da norma está pronta, devendo passar por correção ortográfica e consulta nacional neste começo de 2019.
“A principal dificuldade foi a caracterização dos diferentes ambientes encontrados na Resolução-RDC Nº 50, de 21 de fevereiro de 2002 – que dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Acabamos optando por caracterizar e dar exemplos dos seguintes ambientes conforme as definições abaixo”, esclarece Bueno.
São elas:
– 3.1 – ambiente de isolamento de infecções por aerossóis – AII, local para o isolamento de pacientes com suspeita ou confirmação de infecções transmitidas por aerossóis menores que 5 μm;
– 3.2 – ambiente neutro, local usado pelos profissionais de saúde, pacientes, acompanhantes e visitantes;
– 3.3 – ambiente operacional, local de processo usado pelos profissionais de saúde que apresenta algum tipo de risco ou contaminação do operador ou dos insumos médicos;
– 3.4 – ambiente protetor PE, local usado por pacientes imunocomprometidos de alto risco para desenvolvimento de infecção;
– 3.12 – centro cirúrgico, conjunto de ambientes onde são realizadas atividades cirúrgicas, bem como, a pré-anestésica e recuperação pós-anestésica e pós-operatória imediata;
– 3.12.1- sala de cirurgia, ambiente dentro do centro cirúrgico que cumpre com os requisitos de uma área restrita, que está designado e equipado para fazer a realização de procedimentos cirúrgicos e outros procedimentos invasivos;
– 3.12.2 – área restrita, espaço designado dentro de uma área semi restrita (antecâmara/vestiário de barreira) de um centro cirúrgico que somente podem ser acessados por meio desta área;
– 3.22 – sala de procedimento, ambiente designado para executar procedimentos de baixa complexidade que não se encaixam na definição de procedimento invasivo, podendo ser feitos fora das áreas restritas de um centro cirúrgico, e que podem, ainda, exigir o uso de instrumentos ou insumos estéreis.
Cada um deles corresponde a um capítulo da norma detalhando as suas características quanto aos seguintes parâmetros ambientais, simultaneamente:
a) condições termo higrométricas;
b) limpeza do ar;
c) renovação e movimentação do ar;
d) diferencial de pressão entre ambientes, quando requerido.
“Não acredito que haja grandes alterações com relação aos equipamentos e seus componentes, mas sim, quanto ao projeto devido as características dos ambientes. Por exemplo, temos agora Centro Cirúrgico e Sala de Procedimento com diferentes finalidades. Foi usada como referência a versão anterior da NBR 7256, bem como a norma Ansi/Ashrae/Ashe Standard 170-2017 – Ventilation of Health Care Facilities. Acredito que a nova versão estará atualizada com relação às normas vigentes”, explica Bueno.
Veja também:
Controle da qualidade e tratamento do ar requerido pelas normas técnicas