“No arranjo em paralelo são necessárias válvulas de balanceamento para garantir a correta vazão em cada chiller. Caso contrário, algum dos chillers pode ter mais vazão que o outro devido à disposição de cada um na instalação e, assim, apresentar perdas de carga diferentes. As válvulas de balanceamento irão fazer o papel de limitadoras de vazão em cada chiller. Também são necessárias válvulas de bloqueio ou válvulas de retenção para evitar o fluxo contrário no caso de algum dos chillers estar desligado devido à demanda solicitada. Já no arranjo em série, não são necessárias válvulas de balanceamento, pois não há diferença entre os fluxos em cada chiller, já que a vazão é a mesma”, afirma Katuaki Hayashida Júnior, da Danfoss.
Independente do tipo de arranjo, os conversores de frequência são essenciais para utilização em sistemas variáveis, pois reduzem significativamente o consumo de energia das bombas em sistemas variáveis de água gelada quando operados em cargas parciais. “Em sistemas variáveis, os conversores de frequência são utilizados para controlar e manter a pressão diferencial de acordo com o ponto de ajuste. Esse ponto deve ser determinado para garantir o fornecimento de água gelada em qualquer trocador no sistema. O setpoint pode ser constante ou pode ser redefinido de acordo com a carga e, assim, garantir economia de energia”, explica Hayashida.
Já em sistemas primário-secundário, o engenheiro da Danfoss explica que, geralmente, não são necessários conversores de frequência no sistema primário, pois os chillers operam com vazão constante. “Já nas bombas secundárias, são utilizados conversores de frequência para manter a pressão diferencial de acordo com o projeto e, assim, economizar energia, pois as bombas somente operarão de acordo com a vazão mínima do sistema”.
“Nos sistemas somente primários, os chillers podem operar modulando a vazão. Nesse caso existe uma redução na quantidade de bombas no sistema, uma vez que não são necessários dois circuitos de bombeamento, mas apenas as bombas do sistema primário com conversores de frequência para modular essas bombas em função da carga necessária do edifício”, conclui Hayashida.
Na busca pela otimização da CAG faz diferença, também, o tipo de ligação das tubulações. “O método de união em tubulações de água gelada, na operação do empreendimento, acaba tendo as mesmas funcionalidades que as demais alternativas. Sua vantagem está na facilidade de montagem e desmontagem, tanto para instalações novas e retrofits, quanto para manutenções periódicas”, afirma Guilherme dos Santos Teixeira, coordenador de marketing da Alvenius.
Segundo Teixeira, os sistemas de acoplamento agilizam a instalação em até seis vezes, proporcionando maior segurança, redução de insumos em campo e necessidade de mão de obra especializada. “No entanto, é necessário buscar empresas que ofereçam produtos de qualidade e certificado pelas principais normas nacionais e internacionais. Além disso, distribuidores que entregam suporte de engenharia para levantamento de peças, treinamento e assistência técnica são cruciais para que o fornecimento seja eficaz”, conclui.
Veja Também:
Arranjo dos chillers para a produção de água gelada
Otimizando a Central de Água Gelada: paralelo, série ou contrafluxo
Especificação de válvulas para a otimização da CAG