1- Introdução
Este artigo procura analisar o desempenho de sistemas de condicionamento de ar em carga parcial e verificar o resultado no controle da umidade. A temperatura também é importante, mas todo equipamento possui um termostato com um controle correto da temperatura, mas nem sempre um umidostato, ou mesmo estar projetado para o controle da umidade; se o equipamento operar controlado pela temperatura, resfriando abaixo do ponto de orvalho do ar de mistura, teremos também a desumidificação, mas sem um controle.
Pontos a serem discutidos:
- Primeiro problema: Shopping Ibirapuera.
- Escolha da condição externa do ar.
- Desempenho de trocadores de calor ar/água gelada.
- Desempenho de trocadores de calor de expansão direta ar/fluído frigorífico.
- Shopping Ibirapuera
O Shopping Ibirapuera foi inaugurado em 1976 com condicionadores de ar (Fan & Coils) da Starco equipados com serpentinas Aerofin (figura 1), uma fita de alumínio enrolada sobre um tubo de cobre de diâmetro 5/8 de polegada.
Problemas:
- Shopping com as lojas muito quentes;
- Não havia o resfriamento do ar, a diferença entre a temperatura de bulbo seco na entrada e na saída do trocador de calor era inferior a 1ºC.
- Não havia absorção de calor pela água a sua variação de temperatura era inferior a 1ºC.
- Refrigeradores de água com compressores centrífugos desligando por falta de carga térmica.
Verifiquei o processo da seleção da serpentina que em parte estava correto, mas a última etapa de escolha do número de circuitos não era feita, pois, segundo a tradição na época, “O circuito de água gelada é pleno (1 circuito por tubo em altura), sempre!”
Foi este o problema velocidade muito baixa, regime do fluxo transição com péssima troca de calor. A solução foi a de remover todas as serpentinas e reduzir o número de circuitos de 16 para 4 e dimensionar o coletor pela área equivalente à área da soma do número de circuitos e não pela vazão. Feita a alteração, o sistema de condicionamento de ar passou a operar conforme o projeto.
A adoção de circuito pleno levou a um regime de fluxo transitório com uma velocidade de 0,31 m/s, a sua correção para fluxo turbulento com a adoção de circuito 1/4 , ou seja, 4 tubos em altura por circuito.
- Condição do ar externo
Cabe a pergunta: qual é a condição de ar externo a ser adotada para o projeto?
- Condição de máxima 32,2ºC TBSmax, temperatura de bulbo seco com a 20,2ºC, TBUcoinc temperatura de bulbo úmido coincidente?
- Condição máxima 23,2ºC TBUmax temperatura de bulbo úmido com 27,7 ºC TBScoinc temperatura de bulbo seco coincidente?
É uma decisão que cabe ao projetista, verificando o que é importante para o seu cliente: temperatura ou a umidade, ou ambos. Se analisarmos as temperaturas do ar externo ao longo do ano iremos verificar que a condição típica para São Paulo é de bulbo seco abaixo de 28ºC e umidade relativa acima de 70% (figura 2).
- Trocador de calor ar/água gelada
A seleção dos condicionadores de ar tipo “fancoil” é feita:
- Condição de projeto, previsão de máxima carga de refrigeração sensível, devido a insolação pelas paredes e janelas.
- Não é verificada a consequência da carga térmica que é variável ao longo do dia e ao longo do ano.
- Normalmente o controle é somente pelo termostato, o que significa que se não existir carga térmica sensível, não teremos a remoção da carga latente.
- É importante desacoplar as cargas de ar externo, com carga latente elevada da carga térmica sensível interna variável ao longo do dia e do ano.
Considero fundamental a verificação do desempenho do condicionador de ar em carga parcial, pois a operação em carga parcial reduz rapidamente a capacidade de refrigeração latente, o que pode provocar uma umidade relativa em torno de 80% com a temperatura de bulbo seco mantida dentro da faixa estabelecida em torno de 24ºC.
- Manual ASHRAE HVAC Systems and Equipments
O manual da ASHRAE HVAC Systems and Equipments em seu capítulo13 –Hydronic Heating and Cooling – apresenta a figura 24 (figura 3), que mostra que a queda na capacidade de remoção do calor latente é rápida (de 25% para 0%) e que, abaixo de 30% da vazão nominal, não há remoção de calor latente; na remoção do calor sensível a queda é lenta (70% para 60%). Conclusão: o controle da temperatura não apresenta problema, mas o da umidade é crítico, principalmente com carga parcial de calor sensível.
Através de um programa de seleção de serpentinas vamos fazer uma série de simulações e ver o comportamento das serpentinas ar/água gelada.
Trocador de calor adotado:
- Aplicação: refrigeração.
- Diâmetro do tubo: 1/2
- Espessura da parede: 0,40 mm.
- Aleta: 12 al/pol em alumínio com espessura de 0,152 mm.
- Número de filas: de 3, 4 e 6
- Altura aletada: 508 mm.
- Comprimento aletado: 1524 mm.
- Altitude: nível do mar.
- Fluxo de ar: 6800 m3/h, 5100 m3/h e 3400 m3/h.
- Temperatura de bulbo seco de entrada: 27ºC (AHRI).
- Temperatura de bulbo úmido de entrada 19,5ºC (AHRI).
- Software utilizado: Loose Coil do Yorkworks
Nota: trocador de calor padrão para 35,16 kW (10 TR) da Starco.
- Serpentina ar/água gelada
A análise da serpentina de ar/água gelada será feita com vazão de ar constante e fluxo de água variável 100%, 80%, 60%, 40%, 20%, com 4 e 6 filas
- Serpentina de 4 filas 12 al/pol 4 tubos por circuito 1/1.
- Serpentina de 4 filas 12 al/pol 8 tubos por circuito 1/2.
- Serpentina de 4 filas 12 al/pol 8 tubos por circuito 1/2 – vazão de água variável.
- Serpentina de 6 filas 12 al/pol 6tubos por circuito 1/1 – vazão de água variável
- Conclusões:
- O fator de calor sensível é praticamente o mesmo para as serpentinas de 4 ou de 6 filas.
- A capacidade de refrigeração é maior em função da velocidade da água, regime de fluxo turbulento (ver 4.2.1 e 4.2.2) em cerca de 14%.
- A capacidade de refrigeração é maior em função da área de troca, 50% a mais de material (4 para 6 filas) cerca de 32% (ver 4.2.1 e 4.2.3).
- Confirmado que o calor latente é crítico em relação a carga parcial do calor sensível (redução da vazão de água).
- Lembrar do IPLV Integrated Part Load Value, quando:
- 100% da capacidade de refrigeração ocorre em 1% do tempo,
- 75% da capacidade de refrigeração ocorre em 42% do tempo,
- 50% da capacidade de refrigeração ocorre em 45% do tempo,
- 25% da capacidade de refrigeração ocorre em 12% do tempo.
- Expansão direta
No caso da expansão direta vamos analisar capacidade de refrigeração, fator de calor sensível para serpentinas de 3, 4 e 6 filas, em três situações:
- função da temperatura de evaporação 2,5ºC, 5ºC, 7,5ºC e 10ºC, com vazão de ar constante.
- Função da vazão de ar insuflada 100%, 75% e 50% mantida a temperatura de evaporação de 6,7ºC constante.
- Ponto de equilíbrio entre evaporador e compressor em função da temperatura de evaporação de 2,5ºC, 5ºC, 7,5ºC e 10ºC com vazão de ar constante e 5 opções de compressores Scroll.
- Serpentina DX 3 filas, 4 filas e 6 filas com temperatura de evaporação variável
-
- Serpentina DX – 3 filas 12 al/pol 8 circuitos com temperatura de evaporação variável e vazão de ar constante
- Serpentina DX 4 filas 12 al/pol 8 circuitos com temperatura de evaporação variável
- Serpentina DX 6 filas 12 al/pol 8 circuitos com temperatura de evaporação variável
- Conclusão:
-
- Serpentina DX 3 filas, 4 filas e 6 filas com temperatura de evaporação variável
- O fator de calor sensível é praticamente o mesmo para as serpentinas de 3, 4 ou de 6 filas.
- A capacidade de refrigeração é maior em função da maior área de troca:
- De 3 para 4 filas, aumento da capacidade em 14% e de material em 33%.
- De 4 para 6 filas, aumento da capacidade em 25% e de material em 50%
- O calor latente é crítico em relação a temperatura de evaporação (ponto de orvalho da serpentina), quanto maior a temperatura de evaporação menor é a parcela de calor latente.
- Lembrar do IPLV Integrated Part Load Value, quando:
- 100% da capacidade de refrigeração ocorre em 1% do tempo,
- 75% da capacidade de refrigeração ocorre em 42% do tempo,
- 50% da capacidade de refrigeração ocorre em 45% do tempo,
- 25% da capacidade de refrigeração ocorre em 12% do tempo.
- Serpentina DX 3 filas, 4 filas e 6 filas com temperatura de evaporação constante e vazão de ar variável (VRF).
Esta é uma situação possível nas unidades de expansão direta com fluxo de fluído frigorífico variável (VRF) em que a rotação do compressor varia para manter a pressão de sucção constante (temperatura saturada de sucção constante) e em cada unidade interna o superaquecimento de sucção é mantido constante. A opção de controle da umidade é a “dry” que normalmente reduz a vazão de ar, diminuindo a capacidade de refrigeração sensível, mas mantendo o FCS – fator de calor sensível – para a remoção da umidade.
- Serpentina DX 3 filas, com temperatura de evaporação constante +6,7ºC e vazão de ar variável com 100%, 75% e 50% (VRF)
- Serpentina DX 4 filas, com temperatura de evaporação constante +6,7ºC e vazão de ar variável com 100%, 75% e 50% (VRF)
- Serpentina DX 6 filas, com temperatura de evaporação constante +6,7ºC e vazão de ar variável com 100%, 75% e 50% (VRF)
- Equilíbrio entre compressor e evaporadores
Não basta a análise dos trocadores de calor ar/fluído frigorífico, é necessário ver o ponto de equilíbrio de operação entre o evaporador e o compressor, este sim o ponto real de operação.
Neste caso iremos usar compressores do tipo Scroll da Bitzer, com a temperatura de evaporação de 2,5ºC, 5ºC, 7,5ºC e 10ºC, e temperatura de condensação constante de 50ºC. Serão usados os dados já levantados de desempenho dos evaporadores em diferentes temperaturas de evaporação (ver 4.3.1).
- Separação das cargas sensível e latente
A flexibilidade do equipamento de condicionamento de ar é fundamental para uma operação satisfatória, pois a carga térmica é variável ao longo do dia e ao longo dos dias do ano. Para o correto dimensionamento será necessário conhecer a carga térmica e o estudo da psicrometria nas condições de:
- Máxima carga sensível e carga latente coincidente,
- Máxima carga latente e carga sensível coincidente,
- Máxima carga de aquecimento e de umidificação em períodos de inverno.
Esta flexibilidade poderá ser atingida ao separar que parte do equipamento irá remover a carga sensível e outra para a remoção da carga latente com as ações descritas nas tabelas 1 a 13.
Tabela 1 – Shopping Ibirapuera velocidade da água gelada – número de circuitos
Shopping Ibirapuera | Problema | Solução | |
Temperatura de entrada | ºC | 7,2 | |
Temperatura de saída | ºC | 12,7 | |
Carga térmica | kW | 17,58 | |
TR | 5 | ||
Calor específico | kJ/(kgºC) | 4,18 | |
Volume específico | m3/kg | 0,001 | |
Viscosidade cinemática | mm2/s | 1,01 | |
Vazão de água em massa | kg/s | 0,764680296 | |
Vazão de água em volume | m3/s | 0,00076468 | |
Diâmetro do tubo 5/8 | m | 0,013875 | |
Área do tubo 5/8 | m2 | 0,000151201 | |
Número de circuitos | # | 16 | 4 |
Velocidade da água | m/s | 0,31608512 | 1,264340481 |
Número de Reynolds | adm | 4342 | 17369 |
Fluxo | nome | Transição | Turbulento |
Tabela 2 – Serpentina de 4 filas 12 al/pol 4 tubos por circuito 1/1 – vazão de água variável
Calor | Total | Sensível | Latente | ΔP AG | Velocidade | Número | ||
Vazão de AG | kW | kW | kW | FCS | kPa | AG m/s | Reynolds | Regime |
100% | 39,0 | 28,5 | 10,5 | 0,73 | 10,4 | 0,9 | 10604,0 | turbulento |
80% | 35,0 | 26,8 | 8,2 | 0,77 | 6,3 | 0,7 | 8247,5 | transição |
60% | 30,5 | 24,9 | 5,6 | 0,82 | 3,2 | 0,5 | 5891,1 | transição |
40% | 23,9 | 21,8 | 2,1 | 0,91 | 2,1 | 0,4 | 4712,9 | transição |
20% | 11,7 | 11,7 | 0 | 1,00 | 0,5 | 0,2 | 2356,4 | laminar |
Tabela 3 – Serpentina de 4 filas 12 al/pol 8 tubos por circuito ½ – vazão de água variável
Calor | Total | Sensível | Latente | ΔP | Velocidade | Número | ||
Vazão de AG | kW | kW | kW | FCS | AG kPa | AG m/s | Reynolds | |
100% | 44,5 | 31,0 | 13,5 | 0,70 | 79,2 | 2,0 | 23564,4 | turbulento |
80% | 39,9 | 28,8 | 11,1 | 0,72 | 38,8 | 1,4 | 16495,0 | turbulento |
60% | 37,7 | 27,8 | 9,93 | 0,74 | 28,0 | 1,2 | 14020,8 | turbulento |
40% | 27,6 | 22,3 | 5,3 | 0,81 | 12,7 | 0,8 | 9425,7 | transição |
20% | 21,2 | 19,6 | 1,6 | 0,92 | 3,2 | 0,4 | 4712,9 | transição |
Nota: devido a maior velocidade o desempenho foi maior em cerca de 10% e removeu um pouco de calor latente mesmo a 20%. Problema perda de pressão elevada 80 kPa.
Tabela 4 – Serpentina de 6 filas 12 al/pol 6tubos por circuito 1/1 – vazão de água variável
Calor | Total | Sensível | Latente | ΔP | Velocidade | Número | ||
Vazão AG | kW | kW | kW | FCS | AG kPa | AG m/s | Reynolds | |
100% | 51,5 | 35,2 | 16,3 | 0,68 | 22,3 | 1,2 | 13610,8 | turbulento |
80% | 47,7 | 33,5 | 14,2 | 0,70 | 16,0 | 0,9 | 10604,0 | turbulento |
60% | 42,9 | 31,5 | 11,4 | 0,73 | 9,7 | 0,7 | 8247,5 | transição |
40% | 34,9 | 28,1 | 6,8 | 0,81 | 5,0 | 0,5 | 5891,1 | transição |
20% | 21,6 | 21,0 | 0,6 | 0,97 | 0,8 | 0,2 | 2356,4 | laminar |
Tabela 5 – Serpentina DX – 3 filas 12 al/pol 8 circuitos com Temperatura de Evaporação Variável e Vazão de Ar Constante
Temperatura | Calor total | Calor sensível | Calor latente | Fator de calor sensível FCS |
de evaporação | Calor total kW | kW | kW | kW/kW |
TEV 2,5 ºC | 45,5 | 29,0 | 16,5 | 0,64 |
TEV 5 ºC | 38,6 | 26,1 | 12,5 | 0,68 |
TEV 7,5 ºC | 31,1 | 23,0 | 8,1 | 0,74 |
TEV 10 ºC | 23,8 | 20,1 | 3,7 | 0,84 |
Tabela 6 – Serpentina DX – 4 filas 12 al/pol 8 circuitos com temperatura de evaporação variável e vazão de ar constante
Temperatura | Calor total | Calor sensível | Calor latente | Fator de calor sensível FCS |
de evaporação | kW | kW | kW | kW/kW |
TEV 2,5 ºC | 52,1 | 33,3 | 18,8 | 0,64 |
TEV 5 ºC | 45,1 | 30,2 | 14,9 | 0,67 |
TEV 7,5 ºC | 37,2 | 26,9 | 10,3 | 0,72 |
TEV 10 ºC | 28,6 | 23,5 | 5,1 | 0,82 |
Tabela 7 – Serpentina DX – 6 filas 12 al/pol 8 circuitos com temperatura de evaporação variável e vazão de ar constante
Temperatura | Calor total | Calor sensível | Calor latente | Fator de calor sensível FCS |
Evaporação ºC | kW | kW | kW | kW/kW |
TEV 2,5 ºC | 65,5 | 40,8 | 24,7 | 0,62 |
TEV 5 ºC | 56,7 | 36,7 | 20,0 | 0,65 |
TEV 7,5 ºC | 44,3 | 31,5 | 12,8 | 0,71 |
TEV 10 ºC | 35,6 | 27,9 | 7,7 | 0,78 |
Tabela 8 – Serpentina DX – 3 filas 12 al/pol 8 circuitos com temperatura de evaporação constante 6,7 ºC e vazão de ar variável de 100%, 75%, 50%
Vazão de ar em m3/h | 6800 | 5100 | 3400 | % redução |
Calor total em kW | 33,8 | 29,1 | 23,2 | 0,31 |
Calor sensível em kW | 24,6 | 20,7 | 16 | 0,35 |
Calor latente em kW | 9,2 | 8,4 | 7,2 | 0,22 |
Fator de calor sensível kW/kW | 0,73 | 0,71 | 0,69 |
Tabela 9 – Serpentina DX – 4 filas 12 al/pol 8 circuitos com temperatura de evaporação constante 6,7 ºC e vazão de ar variável de 100%, 75%, 50%
Vazão de ar em m3/h | 6800 | 5100 | 3400 | % redução |
Calor total em kW | 40,0 | 34,3 | 26,4 | 0,34 |
Calor sensível em kW | 28,7 | 23,9 | 17,8 | 0,38 |
Calor latente em kW | 11,3 | 10,4 | 8,6 | 0,24 |
Fator de calor sensível kW/kW | 0,72 | 0,70 | 0,67 |
Tabela 10 – Serpentina DX – 6 filas 12 al/pol 8 circuitos com temperatura de evaporação constante 6,7 ºC e vazão de ar variável de 100%, 75%, 50%
Vazão de ar em m3/h | 6800 | 5100 | 3400 | % redução |
Calor total kW | 50,3 | 41,4 | 30,5 | 0,39 |
Calor sensível kW | 34,6 | 27,9 | 20,1 | 0,42 |
Calor latente kW | 15,7 | 13,5 | 10,4 | 0,34 |
Fator de calor sensível kW/kW | 0,69 | 0,67 | 0,66 |
Tabela 11 – Ponto de equilíbrio evaporador de 3, 4 e 6 filas e compressores Scroll de 10 tr a 20 tr com temperatura de evaporação variável
Temperatura de evaporação | TR | ||
3 filas 12 al/pol | 4 filas 12 al/pol | 6 filas 12 al/pol | |
TEV 2,5 ºC | 45,5 | 52,1 | 65,5 |
TEV 5 ºC | 38,6 | 45,1 | 56,7 |
TEV 7,5 ºC | 31,1 | 37,2 | 44,3 |
TEV 10 ºC | 23,8 | 28,6 | 35,6 |
Tabela 11 (continuação)
Temperatura | 9,8 tr | 10,9 tr | 12,2 tr | 14,5 TR | 18,5 TR |
de evaporação | GSD60120VA | GSD137VA | GSD60154VA | GSD60182VA 4 | GSD60235VA 4 |
TEV 2,5ºC | 31,4 | 35 | 39,2 | 46,8 | 59,6 |
TEV 5ºC | 34,3 | 38,2 | 42,8 | 51 | 65 |
TEV 7,5 ºC | 37,4 | 41,6 | 46,6 | 55,5 | 70,8 |
TEV 10 ºC | 40,8 | 45,2 | 50,7 | 60,3 | 77,1 |
Tabela 12 – Ponto de Equilíbrio Evaporador de 3, 4 e 6 filas 12 al/pol e Compressor Scroll de 10 tr a 19 tr obtido a partir da figura 12
Capacidade | 3 filas 12 al/pol | 4 filas 12 al/pol | 6 filas 12 al/pol | |||
refrigeração | TEV ºC | kW | TEV ºC | kW | TEV ºC | kW |
GSD60120VA | 6,0 | 37,0 | 7,5 | 37,2 | 9,4 | 40 |
GSD60137VA | 5,0 | 38,6 | 6,5 | 40,0 | 8,5 | 43 |
GSD60154VA | 3,8 | 41,0 | 5,5 | 43,0 | 7,2 | 46 |
GSD60182VA | 2,5 | 45,5 | 3,7 | 49,0 | 5,8 | 53 |
GSD60235VA | 3,5 | 62 |
Tabela 13
Descrição | Carga sensível | Carga latente | ||
Ponto de controle | Forma de controle | Ponto de controle | Forma de controle | |
Registro de face e de derivação na serpentina | TBS no ambiente | Registro de face e de derivação da serpentina | Umidade relativa no ambiente | Ponto de orvalho após a serpentina |
Registro de retorno e de derivação da serpentina | TBS no ambiente | Registro de retorno a caixa de mistura ou de derivação para o módulo do ventilador | Umidade relativa no ambiente | Ponto de orvalho após a serpentina |
Vazão de ar variável | TBS no ambiente | Controle da rotação do ventilador | Umidade relativa no ambiente | Ponto de orvalho após a serpentina |
Sistema dedicado de tratamento do ar externo | TBS no ambiente | Controle da temperatura de insuflação pelo equipamento dedicado ao ambiente | Umidade relativa no ambiente | Ponto de orvalho de insuflação do equipamento dedicado de tratamento do ar externo |
Teto frio e viga fria | TBS no ambiente | Controle das temperaturas de superfície (vazão de água gelada) do teto frio ou da viga fria | Umidade relativa no ambiente | Ponto de orvalho de insuflação do equipamento dedicado de tratamento do ar externo |
- Conclusão final
O atendimento à temperatura de bulbo seco é feito sem dificuldade de forma mais eficiente e precisa através de termostatos, que poderá incluir inclusive a reversão do ciclo e também aquecer.
O controle da umidade é mais complexo e exige de certa forma a separação do equipamento em dois módulos distintos um para o controle da umidade e outro para o controle da temperatura (ver 4.3.4).
Este estudo procurou informar que existe ainda um passo adicional, que é a temperatura de superfície da aleta acima do ponto de orvalho do ar a ser insuflado na operação em cargas parciais, que dependendo do seu projeto poderá não desumidificar.
- Água gelada
É um problema grave nas serpentinas de água gelada por controlarem a vazão de água gelada em função da temperatura de bulbo seco, que para cargas reduzidas poderemos não desumidificar devido a temperatura da aleta ser superior ao seu ponto de orvalho.
- Expansão direta
Para as serpentinas de expansão direta teremos problema com sistemas simples em que o compressor liga e desliga reevaporando a água sobre a aleta da serpentina. Não foi possível no programa utilizado variar a vazão de fluido frigorífico, que provavelmente apresentaria um funcionamento semelhante ao da água gelada em cargas parciais.
A opção de usar fluxo de fluido frigorífico variável com a vazão de ar variável é uma boa opção para manter algum controle sobre o conteúdo de umidade no ar.
Oswaldo de Siqueira Bueno, consultor e diretor da Oswaldo Bueno Engenharia e Representações, é membro do DNPC da Abrava
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