A proposta de um isolante térmico num sistema split, como em tantos outros, é assegurar os benefícios da economia de energia e do controle de condensação aliados à sua eficácia, durabilidade e segurança ao longo do tempo.

Um dos principais fatores que influenciam na qualidade da isolação térmica é a instalação. O dimensionamento de espessura adequada, conhecimento das condições de ambiente e as propriedades e exigências técnicas de cada isolante térmico perdem seu valor se o material não for aplicado corretamente.

Escolha do material isolante

A maioria dos equipamentos do tipo split, tanto do tipo on-off como inverter, em ciclo reverso, podem atingir até 110 °C na tubulação, por isso a importância da escolha do isolamento térmico, que deve manter-se íntegro nestas temperaturas.

A espuma elastomérica não tem problemas nestes casos mas, como sabemos, é o polietileno expandido o material mais utilizado para este tipo de isolamento e aqui realmente poderíamos ter um problema. As espumas de polietileno expandido comuns podem resistir até aproximadamente 100 °C quando passariam a derreter sobre a tubulação. Daí o nascimento da espuma especial em PE para maiores temperaturas, o PoliPex® Inverter que, por um tratamento especial em sua fabricação, resiste a temperaturas da ordem de 120 °C, atendendo às exigências destes equipamentos.

As linhas de infraestrutura em edifícios devem prever a maior temperatura que poderia ocorrer e, neste caso, os instaladores devem valer-se das espumas para maiores temperaturas, como o PoliPex® Inverter e C1 Armaflex® BR, ambas produzidas no Brasil pela Armacell.

Procedimentos básicos

Embora as espumas elastoméricas Armaflex® e as espumas de polietileno expandido PoliPex®, sejam comprovadamente eficientes para instalações de sistema split por suas propriedades físicas, o comportamento ao longo do tempo depende fundamentalmente dos procedimentos técnicos adotados na sua instalação e, também, na utilização de materiais complementares ou acessórios adequados e compatíveis com estes isolantes térmicos.

É a espessura do isolante térmico que assegura a performance esperada, portanto, qualquer procedimento ou acessório de recobrimento ou de fixação somente poderá ser utilizado desde que não promova a estricção do isolamento, diminuindo a sua espessura. Este é um dos principais facilitadores para o aparecimento da condensação ao longo da linha.

As espumas isolantes térmicas Armaflex® e PoliPex® são materiais cujo manuseio exige ferramentas adequadas, como facas afiadas, marcadores e pincéis de cerdas curtas e firmes.  Todo e qualquer corte ou junta do isolamento deve ser impreterivelmente colado, para garantir a espessura de isolamento constante e a estanqueidade contra a penetração de umidade. Estas colagens devem ser feitas em toda a espessura do isolamento com adesivos de contato especiais também para baixas temperaturas, como os adesivos Armaflex® 520S e Armaflex® 520 Fast. Aplicadores de adesivo, como o Gluemaster, dosam o adesivo racionalmente e permitem uma aplicação limpa e homogênea.

Como todas os materiais de cadeia carbônica, os isolamentos térmicos em espuma elastomérica e em polietileno expandido são suscetíveis aos raios UV e precisam de proteção ou sombreamento, por isso, alguns cuidados especiais devem ser tomados na instalação. A linha em PE expandido PoliPex® Inverter já é produzida com um filme de revestimento aditivado para resistir às intempéries e promover o sombreamento adequado à espuma.

Outros revestimentos podem ainda ser utilizados para promover ou implementar esta proteção UV, como as tintas com propriedades especiais de sombreamento e flexibilidade, como a Armafinish e os revestimentos do tipo AluCLAD.

Eng. Lineu Holzmann, Departamento de Engenharia da Armacell

lineu.holzmann@armacell.com

 

Tags:, , ,

[fbcomments]