Associação acompanhou e alicerçou a evolução do setor AVAC-R, dando respostas às necessidades do mercado e da sociedade em cada momento da sua história

Fundada em 1962, a Abrava – Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento -, completou 60 anos de existência no último 15 de novembro. Nascida sob a denominação de Acopar, ainda focada essencialmente no comércio de peças e componentes, acompanhou, ao longo da sua história, a evolução do setor do AVAC-R.

Com o crescimento da nascente indústria, principalmente focada na refrigeração, assumiu a denominação Abrava, objetivando representar todos os setores da cadeia produtiva, comércio, indústria e serviços. Nos anos 1970, acompanhando o nascer das grandes obras nacionais, incorporou fortemente as empresas de instalação, dotando-as, já à época, de ferramentas de projeto e de engenharia que, na década seguinte redundariam no tripé ainda hoje em voga.

Soube atravessar as diversas crises do país, com o inevitável declínio de novas instalações, mantendo uma defesa intransigente dos interesses das empresas associadas e do setor como um todo. Mas, não só. Acompanhando as necessidades de mercado e da própria sociedade brasileira, foi capaz de adequar-se a cada momento. Incentivou, desde as primeiras horas, o cuidado com a eficiência energética, provendo instrumentos para sua efetivação.

Antenada, reorientou-se rapidamente quando o mundo exigiu, enfatizando a qualidade do ar diante da ameaça da Covid-19. Compreendeu, imediatamente, que as novas necessidades eram mais amplas, não só centradas na qualidade do ar interno, mas na qualidade do próprio ambiente interno em todas as suas particularidades.

Assim como percebeu que era necessário incentivar a cadeia produtiva que representa a abraçar com entusiasmo a luta contra a mudança climática. Apoia-se, neste sentido, no tripé boas práticas, eficiência energética e qualidade do ambiente interno.

Sediada em São Paulo, traz para si a responsabilidade de representar o país. Neste sentido, envida esforços para estender, fisicamente, sua representatividade nacional. Hoje, possui escritórios regionais no Ceará, Minas Gerais, Bahia e Pernambuco. Trabalha, também, em estreita colaboração com entidades locais e regionais, como a Asbrav e os sindicatos do setor, Sindratar-SP, Sindratar-PE, Sindratar-RS, entre outros.

Estabeleceu estreita colaboração com entidades internacionais, como AHRI, Ashrae, Icharma, Faiar e Rheva. Institucionalmente, mantém profícua interação com entidades regulatórias e normatizadoras afetas aos setores que representa, Crea, Confea, ABNT, Covisas e Anvisa, como exemplos mais notáveis. Tudo isso sem esquecer o trabalho conjunto com diversas entidades clientes.

Obviamente, todos os avanços observados e todas as conquistas efetivadas foram frutos de diversas gerações de líderes empresariais. Abaixo, as manifestações de alguns dos ex-presidentes, assim como dos atuais Presidente do Conselho de Administração, Pedro Evangelinos, e Presidente Executivo, Arnaldo Basile.

“60 anos de Abrava é muito importante para o mercado, devido às atitudes dela: elaboração de 54 normas técnicas, ensino e treinamento de profissionais, importação de know-how, elaboração de leis e regulamentos, entre outras realizações. O associado Abrava tem participação direta nos assuntos de seu interesse através dos DNs, de modo que acredito que a Abrava continuará trabalhando para atendimento das necessidades de seus associados, nos próximos 10 anos ou mais.”

Fuede Abdala, exerceu a presidência entre 1989 e 1995

 

“Ao longo dessas 6 décadas de existência, a Abrava não só caminhou no sentido de representar, efetivamente, aos vários setores do AVAC-R, como tornou-se o guarda-chuva das diversas entidades do segmento ou a ele relacionadas. Também, nacionalmente a entidade soube conquistar representatividade, encampando e encabeçando todas as demandas do mercado. No âmbito internacional, tem se destacado nos vários fóruns que reúnem as grandes entidades representativas.

Para os próximos anos, acredito que a sua missão é manter canais de diálogo, nacionais e internacionais, com o objetivo de melhoras a última linha do balanço dos Associados.”

Pedro Evangelinos, atual Presidente do Conselho de Administração da Abrava desde 2019 e presidente entre 2001 e 2004

 

“A Abrava vem cumprindo, há décadas, a sua missão de defender os interesses das suas Empresas associadas e representar o Setor AVAC-R perante a sociedade e as autoridades, no Brasil e no exterior. A melhor maneira de comprovar essa realidade é pesquisar os conteúdos gerados e livremente disponibilizados sobre qualquer inovação tecnológica ou boas práticas sustentáveis em seu site, tal como se faz usualmente com os melhores e mais transparentes sites de busca. Caso eventualmente não seja encontrado qualquer assunto pesquisado, um time de profissionais especialistas poderá responder a qualquer questionamento encaminhado através de e-mail ou das redes sociais.

Atuar mercadológica e politicamente com outras entidades associativas, sindicais, educacionais, governamentais etc., promovendo e facilitando interação com as empresas do setor é o mais importante de seus objetivos. Isto é atuação básica obrigatória de qualquer instituição associativa legalmente constituída. Mas as futuras demandas exigirão mais do que isso tudo. Learning Organization é pré-requisito para uma atuação bem-sucedida no sentido de desenvolver ações que atendam às expectativas e demandas das empresas associadas, nos âmbitos jurídico, legal, fiscal, capacitação profissional, além do regramento técnico-normativo, entre outras. Isso propicia ás empresas associadas atenderem com maior desenvoltura suas atividades técnico-comerciais nos seus distintos setores econômicos. Essa pluralidade de representatividade confere à Abrava um perfil federativo de representatividade perante outras entidades institucionais, cada vez mais exigido em função dos cenários macroeconômicos constituídos a partir da consolidação dos conceitos internacionais de ESG.”

Arnaldo Basile, Presidente da Abrava no período 2016-2019 e atual Presidente Executivo da entidade

 

“Os setores economicamente representados pela Abrava, assim como o Brasil, tiveram um ganho significativo com a formação desta associação, tanto do ponto de vista técnico como comercial e social.
Isso foi possível pelo estreitamento dos contatos internos e a aproximação com congêneres de outros países, visitas às feiras internacionais e a outras associações de fora, como a Smacna, Ashrae, entre outras, e a criação de feiras e congressos nacionais como a Febrava e o Conbrava.

Sem a união propiciada pela Abrava, teria sido muito mais difícil esta ocorrência. A aproximação entre empresas do próprio setor, concorrentes, fornecedores, projetistas e gerenciadores foi vital para o desenvolvimento e o fortalecimento do setor como um todo, gerando empregos e maior arrecadação de impostos a reinvestir.
60 anos de atividades demonstram pujança e resiliência exemplares!
No meu entender, o modelo é muito bom e não deveria ser alterado. É certo que muitas variáveis, ditadas pela tecnologia e pelo mercado, influem para compor a diretriz a ser seguida; no entanto, em seus 60 anos de existência a Abrava certamente sempre soube e saberá avaliar as necessidades e se adaptar às novas regras quando for o caso.”
Eduardo Degni Dell’Antonia , Presidente interino da Abrava em 1996

 

“Nestes 60 anos de existência da Abrava, ela foi, por excelência, o fórum para defesa dos interesses do setor, no nosso país e, também, lugar onde foi possível discutir algumas ações para solucionar possíveis conflitos, quando os interesses de distintos setores eram conflitantes. Lembro, como exemplo, quando no Governo Sarney, na tentativa de controlar a inflação, houve congelamento de preços e o governo lançou a famosa TABLITA para deflacionar a “gordura” nos preços. Nesse instante, os interesses de fabricantes e instaladores eram claramente opostos e foi na Abrava que achamos um lugar onde se puderam discutir os problemas e encontrar consensos.

O setor amadureceu e, já na minha presidência, 1998/2001, com a famosa emissão da portaria 3523, onde a Abrava trabalhou bastante com sugestões, verificamos que não tínhamos voz na equação das grandes definições. Lembro de, na época, ter dito que teríamos que nos fazer ouvir. Isso, hoje, está resolvido e ultrapassado. A Abrava é consultada e ouvida. Agora, tendo o atual chairman, Pedro Evangelinos, finalmente conseguido viabilizar a posição de Presidente Executivo, ocupada brilhantemente pelo Basile, reivindicação que já vinha da minha presidência, a Abrava tem estado à altura de se fazer ouvir.

A Abrava com certeza continuará sendo a mais importante associação da América Latina, continuará sendo a responsável pelo CB55 da ABNT, ou seja, influenciando profundamente o que vai aparecer em termos de legislação para o setor. A Abrava é também o guarda-chuva que abriga algumas outras associações do setor. Continuará por certo a coorganizar a Febrava, segunda maior feira das Américas, junto com o congresso científico Conbrava e ser membro ativo do Icharma.

Augura-se, assim, um futuro cada vez mais promissor levando ainda em conta que, reunindo-se outra vez numa só pessoa a presidência da Abrava e do Sindratar, significa voltar à mesma situação de união das duas entidades que havia quando da minha presidência, o que serve para fortalecer o setor.

Termino com as mesmas palavras com que terminei meu discurso de despedida da presidência, há cerca de 20 anos: A ABRAVA TEM RAZÃO PARA EXISTIR!

Celso Simões Alexandre exerceu a presidência da Abrava no triênio 1998-2001, é o atual responsável pela ouvidoria da entidade.

 

“Neste período, com a participação voluntária de empresários e técnicos do setor, a Abrava dedicou-se ao desenvolvimento científico embasando os profissionais do mercado com o objetivo de assegurar condições termo higrométricas para a produção de remédios, de componentes e da qualidade de vida nos ambientes confinados.

Outras significativas contribuições da Abrava foram a implantação da Febrava, do Conbrava e da Revista dedicada ao nosso setor.

Apostamos na manutenção e ampliação das relações com entidades associativas nacionais e internacionais, bem como, sejam acentuadas as ações para o desenvolvimento intelectual dos nossos profissionais em todos os níveis de trabalho.

Muitos fatos e feitos de grande importância marcaram o período de 2013 a 2016, quando fui o Presidente da Abrava, destacando em especial o convênio assinado com a Faculdade de Tecnologia de São Paulo (Fatec) para o curso superior de Refrigeração e Ar Condicionado, instaurado em 2014, e, ainda, podemos citar a realização do XIV Ciar – Congreso Ibero-Americano de Climatización y Refrigeración, em conjunto com o XV Conbrava, que gerou um mega evento da Faiar e da Abrava, em paralelo com a XX Febrava.”

Wadi Tadeu Neaime, foi Presidente da Abrava entre 2013 e 2016

 

“Completar 60 anos de atividade não é uma coisa fácil, e no caso da Abrava é muito significativo, pois, com associados de diversos segmentos cujos interesses nem sempre são convergentes, um trabalho de harmonização é muito mais difícil, o que torna esse evento muito importante. Esses 60 anos atestam o amadurecimento da entidade e do próprio setor que, sem dúvida, tem nela sua maior referência. Para o nosso país é muito importante possuir uma entidade como a Abrava: sólida, sempre promovendo o desenvolvimento tecnológico e sempre disposta a cooperar com o desenvolvimento da nação.

Acredito muito que o Brasil está caminhando para oferecer e criar cada vez mais soluções inovadoras, vejo a Abrava dando continuidade ao trabalho que teve início lá em 1962, quando seus fundadores tiverem a força de transformar uma ideia em realidade, e no trabalho voluntário de tantos outros que de lá para cá assumiram o compromisso de desenvolvê-la, consolidá-la e mantê-la em constante evolução. Creio nisso, numa entidade que saberá interpretar as vantagens de uma economia circular, fazendo com que os agentes políticos, técnicos e econômicos continuem enxergando nossa entidade como uma referência para o setor e percebam nosso setor como um player que pode ajudar o país no aumento da produtividade, na melhoria da qualidade de vida, na conservação do meio ambiente e na transição para uma economia de baixo carbono.

Tive o prazer e a honra de presidir a Abrava em dois períodos, 2006-2007 e 2010-2013. Presidir a Abrava exige bastante trabalho, mas sempre podemos contar com a ajuda de uma excelente diretoria e de um ótimo staff, é por isso que continuo ajudando a todas as diretorias desde 2001, quando fui nomeado Vice-presidente de Tecnologia e Meio Ambiente, na primeira gestão de Pedro Evangelinos.

Durante esses dois períodos, e na sequência, a substituição dos CFCs e, em seguida, dos HCFCs, estiveram no centro das atenções e trabalhamos muito com MMA, PNUD, GIZ, Senai, Ibama e Cetesb, nos programas brasileiros para eliminação e substituição daquelas substâncias. Além disso, em 2012 participamos da Rio + 20, a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, e ajudamos a formação do Conselho Superior de Assessoria Técnica, composto por Abine, Abrava e Eletros, conselho este que tinha como objetivo assessorar ao MMA e a Conama na elaboração da política nacional para os fluidos refrigerantes. No geral foram trabalhos intensos com resultados extraordinários, envolvendo financiamento para conversão de fábricas para que seus produtos se tornassem compatíveis com os novos fluidos refrigerantes, treinamento de técnicos de refrigeração, qualificando-os para recolhimento, manuseio e substituição de fluidos refrigerantes, incluindo a distribuição gratuita de máquinas recolhedoras para mais de 500 técnicos.

Em 2012, durante a segunda gestão, a Abrava celebrou seu cinquentenário e organizamos um jantar no Automóvel Clube, onde lançamos o livro Abrava 50 Anos. A entidade continuou evoluindo e tantas outras realizações foram feitas. Agora, chegou a comemoração dos 60 anos, aproveito para encerrar com meus parabéns para a diretoria atual e para todo o brilhante staff Abrava por mais esse marco. Parabéns e Avante ABRAVA!”

Samoel Vieira de Souza, ocupou a presidência da Abrava nos períodos 2006-2007 e 2010-2013; é Diretor de Assuntos Internacionais da Abrava

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