É preciso entender a funcionalidade de cada tipo de isolante e a forma de aplicação nos dutos

Quando falamos em eficiência energética, tão importante quanto a forma como será tratado/condicionado o ar, é a forma como será transportado. Para um bom sistema de ar-condicionado é essencial a preocupação com os dutos, a quantidade de ar tratado que está se perdendo ao ser transportado, assim como a perda de carga por excesso de curvas ou mesmo ângulos errado em peças especiais (reduções, transformações, conjuntos etc.) devem ser considerados e bem analisados em uma instalação. Os manuais de fabricação de dutos trazem boas bases para a construção de peças mais bem dimensionadas, assim como existem padrões normativos para taxas de vazamentos aceitáveis em diferentes tipos de sistemas. No caso do MPU por exemplo, mais do que uma boa colagem(adesivação) tanto longitudinal quanto transversal, recomenda-se também a aplicação de massa de vedação por toda a extensão do duto, levando a taxas de vazamentos muito baixas, significativamente inferioresàs próprias recomendações normativas, gerando um melhor aproveitamento do ar tratado pelos equipamentos e redução no consumo de energia.

Para um bom duto, é importante um projeto que de fato represente a aplicação e respeite as características do sistema em questão. Existem padrões e considerações diferentes para cada aplicação e isso deve ser respeitado no projeto e, principalmente, a execução deve seguir esse projeto, assim como entendemos que é fundamental o responsável pelo projeto se manter atualizado, uma vez que os produtos estão em constante evolução. Assim, desde sua concepção, o projeto deve considerar todos os elementos para um bom balanceamento: registros, dampers, grelhas e difusores com regulagens. E, não menos importante, deve ser planejado o acesso aos dutos.

Observamos que de forma muito simplória, o isolamento em dutos é utilizado por convenção, desconsiderando cálculos de espessura de isolamento por propriedade e características de materiais.Exemplo: a condutividade térmica do PU é diferente da de uma lã, sendo assim, a resistência térmica (condutividade proporcional à espessura) muda de um material para outro; na prática, estou querendo dizer que se for utilizada uma espessura X para um tipo de isolamento, para utilização de outro deve ser feito um novo cálculo para melhor dimensionamento, a condutividade K do MPU, por exemplo, é de 0,020 W/mK, o que nos entrega uma resistência térmica (RT) muito alta para painéis menos espessos do que isolamentos costumeiramente utilizados no mercado (RT=0,92 m² K/m – MPU 20mm) .Sendo assim, o ideal para que se tenha um bom isolamento térmico e de fato a redução no custo, é calcular a espessura de isolamento por característica e propriedade do material isolante. E mais, devemos entender a funcionalidade de cada tipo de isolante e sua real forma de instalação nos dutos.Ainda usando a base do MPU, o mesmo propicia uma construção sem a compressão de cantos, coisa que garante uniformidadedo isolamento.Outros materiais acabam sendo comprimidos nos cantos (quinas) dos dutos, lembrando que ao comprimir (qualquer tipo de isolante térmico) altera-se a densidade no ponto.Com isso, muda-se a massa e, por sua vez, a resistência térmica. Na prática, o MPU corrige o que chamamos em projetos de “perdas não calculas”, garantindo em uma boa instalação a eficiência do Isolamento de ponta a ponta de um duto.

Maurílio Oliveira é engenheiro de aplicação e novos negócios na Multivac/MPU

 

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