Bo Andersson, diretor da Heatex, notou a preocupação de alguns empreendedores com a relação de recuperadores de energia e o novo coronavírus. “Vendemos algumas rodas entálpicas este ano e o cliente final levantou a questão de usar rodas em ambientes que podem ser contaminados com o novo vírus Corona. Em geral, a roda pode vazar em torno de 3%, do ar de expurgo para o novo ar externo. Neste projeto, a taxa de renovação do ar foi pequena, em torno de 15%, ou seja, 85% da vazão do ar interno será reciclado. Neste aspecto, o vazamento da roda de 3% vai aumentar a reciclagem para 88%. Porém, recomendamos um aumento da taxa de renovação do ar, com pelo menos 3%. Recomendamos também o uso do nosso melhor sistema de vedação, que diminui o vazamento do ar com 50%, com maior vida útil, mantendo a roda entálpica com vazamento mínimo por mais tempo, ainda com falta de manutenção planejada”, diz ele.
O diretor da Heatex esclarece, ainda, que a adsorção de moléculas do material higroscópico da roda entálpica tem alta afinidade para captar H2O, ou seja, dificilmente capta a maioria das outras substâncias. “Além disso, os poros do material higroscópico são menores do que o diâmetro do novo vírus Corona, impossibilitando a captação deste vírus.”
“Recomendamos definitivamente um aumento da taxa de renovação do ar interno. O nível da taxa estipulado na norma brasileira já é abaixo dos níveis em vários outros países, e vai ser mais baixo ainda porque a questão da taxa de renovação do ar interno está sendo discutida no exterior também. O vazamento da roda entálpica é insignificante em relação à qualidade do ar interno em sistemas com alta reciclagem do ar interno. Para sistemas com 100% de ar externo, ou seja, sem reciclagem do ar interno, desenvolvemos a configuração Laboratório da roda entálpica, com a finalidade de zerar o vazamento do ar de expurgo para o novo ar externo. Este conceito já está disponível, mas impacta também na configuração da UTA”, conclui.
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