O que o técnico precisa observar para a correta instalação de sistemas split

Os equipamentos de expansão direta, tipo split e minisplit, têm impulsionado o mercado mundial de ar-condicionado; entretanto, dadas as limitações, o responsável pela instalação deve atentar para as orientações do fabricante. Numa série de postagens os principais fabricantes fazem as suas recomendações para as boas práticas de instalação.

A necessária visita técnica

O instalador precisa fazer uma visita técnica previamente para analisar as condições do ambiente onde serão instalados os equipamentos. Ele vai precisar observar a estrutura do local e avaliar quesitos como a parede na qual o produto será instalado, se o local permite a instalação de drenos e da linha de interligação frigorígena e se a fiação elétrica é compatível com as especificações técnicas do aparelho.

O condicionador de ar auxilia nas condições de conforto humano e qualidade do ar interno: temperatura e umidade adequada, pureza e movimentação do ar ambiente. Para produzir o efeito desejado, o produto deverá ser bem dimensionado para o ambiente que irá operar; para facilitar o acesso à limpeza dos filtros de ar e instalado em uma posição que permita a boa distribuição de ar pelo ambiente. Estes fatores devem ser observados na instalação dos sistemas splits.

Para que o atendimento técnico seja cada vez mais confiável e eficiente, a Midea Carrier promove cursos de qualificação em seu próprio sistema EAD, e apoia instituições como Senai, pois o atendimento pós-venda e o desenvolvimento do setor são importantes para a empresa, já que são partes para a completa satisfação do cliente.

A renovação do ar de um ambiente é importante para garantir que a concentração de CO2 nos ambientes seja inferior à 1000 ppm. Em ambientes residenciais, com baixa taxa de ocupação, esta renovação é obtida por meio da abertura de vãos de portas e janelas que ocorrem normalmente ao longo do dia. Em ambientes comerciais, onde a taxa de ocupação é maior, a ANVISA recomenda uma taxa de renovação de 27 m3/h por pessoa.

O técnico deve avaliar qual o modelo que se adequa melhor ao ambiente e às necessidades dos usuários. É imprescindível que o filtro esteja sempre limpo e que o técnico oriente o usuário sobre a necessidade da manutenção periódica. Além disso, o usuário pode manter portas e janelas abertas para renovação do ar, quando o aparelho não estiver em funcionamento.

Alguns modelos de evaporadora, como Cassete e Piso-Teto, possuem uma tomada de ar externo que pode ser utilizada. Para isso, deve ser instalado um duto até o ambiente externo. A qualidade do ar é um dos fatores que a Midea Carrier desenvolve na linha de produtos, um exemplo é o novo modelo de ar-condicionado residencial AirStill, da marca Midea, que além de atributos para promover temperaturas agradáveis, com tecnologia e design pensado para distribuição do ar por todo o ambiente em 360º, sem rajadas de ar, também conta com o Ar + Puro HD ION que remove impurezas que podem causar males à saúde e entrega um ar mais puro para os usuários.

Nos sistemas que não dispõem de tomada de ar externo, o técnico pode fazer a instalação de um ventilador com filtragem que tenha acesso ao lado externo. Nos sistemas comerciais, a renovação é um critério importante que deve ser contemplado no projeto da rede de dutos. Existem acessórios, como os módulos damper, que permitem a regulagem da quantidade de ar externo que deve ser utilizada para garantir a perfeita taxa de renovação.

Existe uma gama de ferramentas, mas é muito importante que elas tenham boa qualidade e sejam certificadas. Alguns instrumentos são fundamentais que o técnico utilize: bomba de vácuo, vacuômetro, manifold, balança digital, termômetro digital. Sempre utilize fluidos refrigerantes com garantia de procedência.

União de tubos – A maioria das conexões das linhas frigorígenas são feitas por meio de porca e flange. Desta forma, é fundamental que o técnico tenha ferramentas próprias para realização de corte e flangeamento, e também aplique as técnicas recomendadas. Porém, em algumas situações, é necessário que se faça a união de tubos de cobre por meio de brasagem e, neste caso, o técnico precisa de um equipamento de solda. Para evitar a oxidação interna do cobre recomenda-se a utilização de nitrogênio passante durante a realização da brasagem.

Uma vez que as unidades evaporadora e condensadora estão conectadas, um teste de estanqueidade deve ser realizado. Para este teste, aplica-se nitrogênio à alta pressão, obedecendo os limites de pressão recomendados pelo fabricante, e verifica-se com espuma de sabão ou detector de vazamento se existe fuga em algum dos pontos de conexão. Após aprovado no teste de estanqueidade, as linhas e evaporadora devem ser desidratadas por meio de um processo de vácuo monitorado com vacuômetro, para que a carga de refrigerante do sistema possa ser realizada.

Os tubos de interligação devem ser devidamente isolados com espuma elastomérica com diâmetro interno correspondente ao tubo. Nos casos de equipamentos que operam em ciclo reverso, ou seja, que podem ser utilizados também para aquecimento, é importante que o isolamento suporte também altas temperaturas (120°).

Os tubos devem ser isolados em separado, nunca se pode colocar dois tubos de interligação em um mesmo tubo isolante. Nos projetos atuais de splits temos uma linha de sucção e uma linha de expansão, se estas estiverem encostadas dentro de um tubo isolante, o sistema perde eficiência na troca de calor no evaporador.