Bruno Bonaldi, engenheiro da Evapco, explica como sistemas de água gelada perdem eficiência e eficácia ao longo da vida e como isso se manifesta nas torres de resfriamento

Primeiramente o cuidado com a qualidade da água deve ser item primordial para garantia da eficiência. Em sistemas com condensação a água, deve ser realizado tratamento de água desde o momento em que é colocada a água no sistema pela primeira vez e continuar de maneira contínua e ininterrupta, uma vez que água fora dos parâmetros estabelecidos pelos fabricantes dos equipamentos pode causar incrustação nas torres, tubulações e trocadores de calor dos chillers que, atuando como isolante térmico, irá elevar a temperatura de condensação do fluido refrigerante.

A manutenção dos equipamentos também deve estar em dia e, sempre que necessário, efetuar troca das peças mantendo a originalidade a fim de garantir a perfeita operação dos equipamentos. Equipamentos com manutenção deficiente não operarão conforme condições de projeto reduzindo a eficiência do sistema como um todo.

Nas torres de resfriamento a deterioração pode ocorrer de duas maneiras:

1.Pela deficiência do tratamento de água, podendo gerar incrustações na bacia, enchimento, serpentina (no caso de torres circuito fechado) e entupimento dos bicos aspersores, prejudicando a distribuição de água sobre a superfície de troca térmica. Ou, ainda, pela utilização de produtos químicos não condizentes com o material construtivo das torres, reduzindo a vida dos equipamentos. As incrustações dificultam a troca térmica, elevando a temperatura de água de condensação gerando impacto na performance dos chillers. Neste caso deve-se adequar o tratamento químico de água com a ajuda de um consultor e/ou empresa especializada.

2.Pela deficiência na manutenção das torres de resfriamento, gerando desgaste prematuro das peças e prejudicando o sistema de distribuição de água sobre a superfície de troca térmica, sistema de ventilação (polias, correias, eixos, redutores, motores, ventiladores) e sistema de reposição de água, causando transbordo ou esvaziamento da bacia. Neste caso, deve-se adequar as rotinas de manutenção e substituir as peças em final de vida útil por novas, sempre mantendo a originalidade delas, garantindo a performance e longevidade dos equipamentos.

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